Perante uma decisão

Acabo de ter uma daquelas semanas chanfradas, mas eis que aprendo mais uma lição valiosa.

A lição tem a ver com escolhas.
Penso que uma escolha difícil raramente tem uma resposta certa. Não tomarmos uma decisão será, em si, uma decisão, mas talvez uma decisão pouco corajosa. Tomando de facto a decisão, com consciência e coragem, deparar-nos-emos pois com as diferentes possibilidades que fazem parte dessa decisão.

Sem capacidade de vermos o futuro, recorremos então à capacidade racional...mas esta contribuirá senão para a escolha da possibilidade mais segura, precisamente pela incapacidade de viagem no tempo. E, ainda que tenhamos toda a informação do mundo relativamente a duas ou mais possibilidades, a dificuldade de escolha poderá permanecer.

Se toda a gente tomasse decisões desta forma não teríamos os maravilhosos artistas que elevaram a Humanidade a níveis de espiritualidade maiores; não teríamos os heróis dos nossos dias que recusam vidas confortáveis por uma ajuda humanitária em África ou países em guerra e miséria; não teríamos os grandes pensadores da Historia, os que foram perseguidos por ideais e que por eles morreram; entre muitos outros que disromperam esse processo de decisão sempre tão tão...?

Chego então a uma conclusão para as minhas decisões futuras que gostaria de compartilhar pelos meus amado Cohen e outros mariachis:

Ao tomar decisões poderei e deverei, obviamente, obter as razoes que o "mundo" me dá para a tomada de decisão eficaz. No entanto, é na criação de razoes próprias - mais que na acumulação de razoes já existentes - que se tomarão as decisões de qualidade. Não falo de certas ou erradas, pois perante tal juízo surgirá muita discussão. Refiro-me senão a decisões de qualidade.

outro assunto: já cheira a sardinha assada

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