Alviçaras - a água que bebemos afinal não nos mata a sede!


Imagem 1 - um menino incentivado vai longe na vida




Incentivo: Recompensa (tangível ou intangível) que é oferecida após determinado comportamento ter sido expresso, tendo em vista a repetição do mesmo em situações futuras. (para mais informação no tema recomendo o estudo relativo ao reforço positivo e negativo). 

Para tarefas simples os incentivos do tipo “se fizeres isso, recebes aquilo” funcionam muito bem: tarefas que incluem seguir as regras e fazer as coisas certas para se chegar a uma determinada resposta.

Mas quando uma tarefa se complica, quando envolve pensamento conceptual e criativo, este tipo de incentivos simplesmente não funcionam.

Facto: O dinheiro é um motivador no trabalho → se não pagar o suficiente a uma pessoa ela não se vai sentir suficientemente motivada, pelos problemas óbvios que surgem quando não existe dinheiro. 

Mas, existindo dinheiro, há três factores base que estão demonstrados cientificamente que levam a uma melhor performance (e satisfação pessoal):
  1. Autonomia
O desejo de se ser autónomo ou de buscar auto-aprendizagem leva a um maior envolvimento da pessoa, registando desta forma melhores resultados.
Basta um dia de autonomia para se produzir coisas inimagináveis.
  1. Aptidão/mestria/expertise
Definição de Mastery em inglês: The urge to get better at stuf. 

O João toca viola nos tempos livres - porquê??

O que é que ele está a fazer? Ele tem trabalho e a tocar viola não recebe dinheiro.

Vejamos o caso da Wikipédia:
Os colaboradores do site, apesar de terem as suas profissões onde são pagos, dedicam os seus esforços à construção do mesmo, onde para além de não serem pagos e de sacrificarem tempo livre, eles encontram-se muitas vezes a darem mais de si por esta causa, comparado com a dedicação que têm nas suas profissões. 

As pessoas têm esta necessidade de se tornarem mestres em algo de modo a formalizar uma contribuição. Aqui chegamos ao terceiro ponto:
  1. Finalidade
A palavra Purpose deve ser a palavra mais referida na internet ultimamente, ilustrando a relevância que esta tem na actualidade em qualquer empreendimento. É o que se denomina de Purpose Motor.

Nas empresas/produtos/serviços/organizações o profit tem que estar amarrado ao propósito para se obter bons resultados.
Apesar de estar provado numa série de bons exemplos como o Twitter, a Apple, a 3M, ou mesmo o Doutor Bayard, muitas são as empresas que continuam sem delinear um propósito claro que impele não só à percepção dos consumidores de que os sentimentos e valores da empresa são amorosos, mas também à crença dos seus trabalhadores, para que estes vejam um bem maior (muitas vezes transcendental) naquilo que é realizado para que se justifique o seu esforço diário.

Depeço-me com amizade,
Mag.

Comentários

  1. Képler Lima Ferreira23 de junho de 2016 às 22:18

    Pesquisas realizadas pelo Grupo Catho apontam o fator Remuneração como o 3º item em ordem de importância, a contribuir para o nível de satisfação geral do executivo. Os outros dois maiores são, em primeiro, a Perspectiva de Progresso e, em segundo, o Clima Organizacional. Enquanto os demais itens vão contribuir de forma bem menos expressiva e pulverizada, estes três primeiros somados, representam aproximadamente 57,5% em termos de peso de contribuição para esta satisfação.

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  2. Diogo Hinfante da Tâmara23 de junho de 2016 às 22:38

    A remuneração (fixa, variável, etc) será sempre o incentivo supremo, e percebe-se que assim seja.

    "Fui para contabilidade porque queria uma vida segura" é mais provável ouvir-se do que "fui para literatura/serviço social porque é a minha praia/o meu trabalho pode ter um real propósito!"

    Que não se crucifique quem fez a primeira escolha, nem se martirize quem fez a segunda.

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