Notas soltas de uma sexta-feira lá para o fim de 2016

1) Numa óptica humanista, mais do que sermos responsáveis “uns pelos outros”, somos primeiramente responsáveis pelos nossos.

Esqueçamos por um momento as oportunidades que a globalização gerou, pois não é esse o propósito deste apanhado. Os efeitos adversos da mundialização nos países de “primeira linha” e em muitos dos seus cidadãos também merecem ser estudados com atenção.

Conseguindo manter algum acesso ao mercado singular (assegurar a continuidade do ‘passporting’ é fundamental), o que fica uma super-potência como o Reino Unido a perder fora da União Europeia? Ou por outro, o que teriam os ingleses a ganhar numa Europa federal a duas velocidades? Porque é que a Suiça não demonstrou o mínimo interesse em aderir à União Europeia nas últimas décadas?

Partilharemos sempre o mesmo planeta,  e nele queremos viver em convivência e harmonia. Por isso digo: as instituições democráticas dos nossos dias são demasiado sólidas, os laços económicos inter-estatais demasiado fortes e a nossa memória demasiado curta para que um mero abrandamento desta integração agressiva de culturas e mercados seja considerado um passo em direcção ao precipício.

Que o histórico ano de 2016 sirva de lição e profunda reflexão a todos nós.

2) "Sabe tanto que sabe a merda".

Que va à fava quem em aglomerados sociais debita, de modo forçado e inverosímil, factos inúteis como que tendo algo a provar.

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